Nem sempre conseguimos o que queremos — e isso (quase sempre ) é coisa boa
- @mauroeffe
- 2 de jun.
- 2 min de leitura

Em um mundo que nos pressiona constantemente a "querer mais", a "nunca nos acomodar" e a "alcançar todos os objetivos", pode ser difícil aceitar uma verdade simples: o que queremos nem sempre se realiza, seja em nossa vida pessoal ou profissional. No entanto, por trás dessa aparente frustração, muitas vezes existe uma oportunidade preciosa.
O Mito da Realização Total
Vivemos em uma cultura que nos promete que, com esforço e determinação suficientes, podemos alcançar tudo o que desejamos. É uma mensagem motivadora, claro, mas também potencialmente enganosa. A realidade é feita de variáveis, contextos, relacionamentos e eventos inesperados que estão além do nosso controle. Mesmo o plano mais perfeito pode encontrar obstáculos, e mesmo a vontade mais forte pode encontrar limites.
Decepção ou Direção?
Quando algo que queremos não se materializa, é fácil cair na decepção ou em uma sensação de fracasso. Mas o que acontece se tentarmos encarar esses momentos de forma diferente? E se o que não aconteceu estivesse abrindo espaço para algo melhor, ou mais adequado a quem realmente somos?
Em nossas vidas pessoais, relacionamentos que não funcionam podem nos libertar para conexões mais autênticas. No trabalho, oportunidades perdidas podem nos empurrar para caminhos inesperados, muito mais alinhados com nossos talentos ou valores.
Aprendendo a distinguir entre desejos e necessidades
Nem tudo o que desejamos é bom para nós. Muitas vezes, buscamos objetivos ditados pelas expectativas dos outros, por modelos externos ou por necessidades que não são totalmente conscientes. Parar para refletir sobre por que desejamos algo pode revelar muita coisa: somos movidos pelo medo ou pela coragem? Comparação ou inspiração?
Resiliência, não resignação
Aceitar que nem tudo sai como planejado não significa desistir dos seus sonhos. Significa se tornar mais resiliente, mais capaz de ler os sinais do contexto e se adaptar com inteligência e flexibilidade. Significa aprender a navegar pela incerteza, mantendo o curso, mas sem nos fixarmos em um único destino.
Conclusão
Não conseguir o que queremos pode doer, mas também pode ser um ponto de virada. Cabe a nós decidir como interpretar esses momentos: como uma derrota ou como um recomeço. Muitas vezes, é justamente quando as coisas não acontecem como pensávamos que realmente começamos a nos conhecer e a descobrir o que importa.
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